sábado, 2 de julho de 2011

A REGRA DO AJUDAR



   Se procuras conhecer as regras do auxilio ao próximo, beneficiando a ti mesmo, não te esqueças de amar o companheiro da jornada terrestre, tanto quanto desejas ser querido e amparado por ele.

   A pretexto de cultivar a verdade, não transformes a existência num campo de batalha em que teus pés atravessem, qual furioso combatente no deserto; recorda que a maioria dos enfermos conhece, de algum modo, a moléstia que lhes é própria, reclamando amizade e entendimento, acima da medicação.

   Lembra-te que não há corações na Terra, sem problemas difíceis de resolver; em razão disso, aprende a cortesia fraternal para com todos.

   Acolhe o irmão do caminho, não somente com a saudação recomendada pelos imperativos da polidez, mas também com o calor do teu sincero propósito de servir.

   Fixa nos olhos as pessoas que te dirigirem a palavra, testemunhando-lhes carinhoso interesse, e guarda sempre a posição de ouvinte delicado e atencioso; não levantes demasiadamente a voz, porque a segurança e a serenidade com que os mais graves assuntos devem ser tratados não dependem de ruído.

   Abstém-te das conversações improfícuas; o comentário menos digno é sempre invasão delituosa em questões pessoais.

   Louva quem trabalha e, ainda diante dos maus e dos ociosos, procura exaltar o bem que são susceptíveis de produzir.

    Foge ao pessimismo, guardando embora a prudência indispensável perante as criaturas arrojadas em negócios respeitáveis, mas passageiros, do mundo; a tristeza improdutiva, que apenas sabe lastimar, nunca foi útil à Humanidade, necessita de bom ânimo.

   Usa, quotidianamente, a chave luminosa do sorriso fraterno; com o gesto espontâneo de bondade, podemos suster muitos crimes apagar muitos males.

   Faz o possível para ser pontual; não deixes o companheiro à tua espera, a fim de que não te seja atribuída uma falsa importância.

   Agradece todos os benefícios da estrada, respeitando os grandes e os pequenos; se o Sol aquece a vida, é a semente de trigo que fornece o pão.

   Deixa que as águas vivas e invisíveis do Amor, que procedem de Deus, atravessem o teu coração, em favor do círculo de luta em que vives; o Amor é a força divina que engrandece a vida e confere poder.

   Façamos, sobretudo, o melhor que pudermos, na felicidade e na elevação de todos os que nos cercam, não somente aqui, mas em qualquer parte, não somente hoje, mas sempre.

   Para conseguires executar esta regra, a boa-vontade é nosso recurso de cada hora.


   (Jesus no Lar / Neio Lúcio / Francisco Cândido Xavier.

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